quinta-feira, 15 de abril de 2010

O LÍDER DOS BÚFALOS E A MANADA

Durante muito tempo, acreditei no velho paradigma da liderança, segundo o qual o meu trabalho é planejar, organizar, dirigir e controlar. O modelo de funcionamento de minha empresa era parecido com o de uma manada de búfalos.

Os búfalos são seguidores absolutamente fiéis de um líder. Eles fazem tudo que o líder quer que façam, vão para todos os lugares que o líder quer. Em minha empresa, eu era o líder dos búfalos.

No começo, gostava que minha empresa tivesse esse tipo de organização. Afinal, eu a criara com meu brilho. Eu queria que as pessoas fizessem exatamente o que lhes dissesse, fossem leais e submissas. Adorava ser o centro do poder, pois acreditava que isso era o trabalho do líder.

Acabei percebendo que a empresa não funcionava tão bem quanto eu gostaria, já que, leais, os búfalos só agiam quando o líder lhes mostrava o que fazer. Quando ele não estava por perto, zanzavam à espera de que aparecesse. Foi por esse motivo que os primeiros colonizadores puderam dizimar manadas de búfalos com tanta facilidade, bastava matar o líder deles. O restante da manada era massacrado enquanto esperava que o líder se levantasse para conduzi-la.

Encontrei um bando de gente “vagueando” na minha empresa, cuja estrutura era parecida com a organização dos búfalos. O pior é que as pessoas se restringiam a fazer tão só o que lhes ordenava, e em seguida “vagueavam” à espera de minhas próximas instruções.

Não pensem que era fácil conduzir a manada. Precisava trabalhar de 12 a 14 horas por dia para passar todas as ordens, fazendo todas as tarefas “importantes”. Enquanto isso, a empresa era chacinada pelo mercado, pois eu não podia responder com a necessária rapidez. Todo esse trabalho frustrante envelheceu o líder da manada precocemente

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