Construa pontes, em vez de paredes!
Cezar Souza
Há vários fatores que você poderá desenvolver durante sua trajetória profissional. Ter uma boa empresa para trabalhar e ter sucesso é o sonho de todo profissional que entra no mercado de trabalho.
Você pode ser um dos melhores da sua área, porém se não possuir habilidades interpessoais, não terá muitas chances. Você precisa relacionar-se bem com as pessoas e entender que certas limitações fazem parte dessa trajetória. O importante é entendê-las.
Daniel Goleman, escritor do livro Inteligência Emocional, (Editora Campus/Elsevier, 2006), amplia seus estudos e chega à conclusão de que “a neurociência descobriu que o desenho de nosso cérebro o torna sociável. Ele nos leva a uma íntima conexão cérebro-a-cérebro sempre que nós interagimos com outra pessoa. Em uma extensão surpreendente, segundo Goleman, nossos relacionamentos moldam não apenas nossa experiência, mas nossa biologia.”
O desenvolvimento da inteligência social é fundamental para os relacionamentos profissionais. A possibilidade que um ambiente harmonioso proporciona, contribui para resultados tangíveis. Cultivar relacionamentos é construir novas oportunidades.
Profissionais que buscam aperfeiçoamento na relação interpessoal, habitam o mundo dos negócios sob a moldura da empatia e envolvimento, trazendo consigo a possibilidade de desenvolver em suas equipes maior ou menor grau de comprometimento.
No contexto da advocacia, podemos dizer que o advogado, em virtude da própria ação que implementa, assimila uma personalidade de combate, tornando difícil a aproximação. O desenvolvimento de habilidades como comunicação, visão de equipe e motivação facilitam o contexto interpessoal tão necessário para o diferencial nesse mercado.
Exemplos como, William Ury, fundador e diretor do curso de Negociação da Harvard Business School, nos mostra que um dos atributos principais num bom negociador é manter seu relacionamento estável após as negociações. Para isso, percebeu que ouvir o outro lado e entender quais são seus reais interesses facilitaria o fechamento do negócio. No entanto, essa tarefa não é nada fácil, pois numa negociação cada parte busca a resolução dos seus próprios interesses e problemas e as habilidades interpessoais são fundamentais nesse momento.
Falaremos então de algumas dicas que contribuirão para sua sobrevivência no mercado:
1-Razão e emoção nos relacionamentos: o indissociável.
As emoções básicas (medo, amor, raiva, surpresa, alegria e tristeza) surgiram nos mamíferos, sendo fundamentais para o processo de luta e fuga. No entanto é importante saber administrá-las.
É necessário levar os sentimentos para o ambiente de trabalho, mas sem que ele tome conta de você. O “bom” profissional é aquele que possui as emoções gerenciadas e preocupa-se de forma real com as emoções dos colegas. O ser humano precisa saber que é respeitado em sua totalidade.
2- A qualidade nos relacionamentos:
Emoções gerenciadas formam relacionamento maduros e estabiliza-os. Transformam ações em comportamentos inteligentes, abrindo espaço para interações produtivas.
3-Mentiras e conduta ética:
Toda atitude ética exclui condutas inapropriadas na relação com o outro e com seu meio. Somos frutos de nossas escolhas, e a necessidade de escolher entre vários atos possíveis, faz de nós o profissional que somos ou queremos ser. Escolhas devem basear-se, por sua vez, em resultados de mão dupla. Atitudes dignas evitam disseminação de mentiras e nos torna profissionais respeitados e moralmente mais valiosos.
4-Respeito e Justiça:
Significa reconhecer parceiros como colaboradores. O equilíbrio e o reconhecimento do momento de agradecer ou pedir desculpas..
Enfim, relacionamento hoje, é muito mais do que ser socialmente aceitável, reconhecido em seu trabalho ou percebido pelo mercado. É a capacidade de sobreviver., de respeitar e ser respeitado. É uma postura pessoal. Nasce da segurança do profissional, da qualidade do trabalho, do empenho e do comprometimento. Utilize seu tempo aperfeiçoando o que você tem de melhor. Valerá a pena.
Vivemos em tempos solitários e muitas vezes não conseguimos dividir nossas angústias e problemas com outra pessoa. Cada um traz consigo um mundo particular. Aquele que as redes sociais não vê. Baseado nisso, aceitei as sugestões de amigos para compartilhar experiências vividas nesses 25 anos no caminho de tantas pessoas. Espero que gostem. Espero que em algum momento possa ajudar alguém. Mergulhem.
sábado, 1 de maio de 2010
EMPREEENDEDORISMO E ADVOCACIA
O fracasso é a oportunidade de começar de novo inteligentemente.
Henry Ford
Estamos diante de um grande desafio para novos e antigos escritórios jurídicos que é torná-lo um negócio de sucesso.
A cobrança exaustiva pelo sucesso empresarial, a maximização do retorno em curto prazo, qualidade total, produtividade, eficiência, eficácia, just in time... torna os profissionais paranóicos constantes para manterem-se no mercado.
Os processos de melhorias contínua, são necessariamente implantados, pois competir significa manter e ampliar sua carteira de clientes, de parceiros, de fornecedores, e principalmente manter sua equipe de trabalho com talentos motivados e capacitados.
É importante esclarecermos que não se trata de mudar o saber jurídico, que em sua excelência será permanente, porém a reinvenção da atividade jurídica é um fato. A importância do planejamento estratégico na estrutura e condução do negócio, torna os escritórios de advocacia, em organizações lucrativas além de uma fonte de prazer pessoal e realização profissional.
O verdadeiro desafio é, mais do que conquistar clientes, ter aptidão para mantê-los. Diante disso, o novo perfil que emerge no mercado jurídico, é o profissional como agente transformador, capaz de desenvolver na rede produtiva de uma organização, perguntas e respostas objetivas e ajustadas a realidade. Inexoravelmente, a atuação proativa, orientada a resultados e metas ousadas serão o diferencial do profissional de destaque.
Esses fatos, somados a outros tantos, estão obrigando os advogados a uma revisão plena de suas atividades cotidianas, de suas estratégias institucionais e de sua postura. Não basta deter o conhecimento técnico profundamente, é necessário ser mais. A visão empreendedora facilita a identificação das forças atuais e das fraquezas à luz das oportunidades de mercado.
Mas como ser um empreendedor no campo jurídico? Vamos descobrir se você possui as características necessárias para ser um Empreendedor?
Elaine Souza
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