Vivemos em tempos solitários e muitas vezes não conseguimos dividir nossas angústias e problemas com outra pessoa. Cada um traz consigo um mundo particular. Aquele que as redes sociais não vê. Baseado nisso, aceitei as sugestões de amigos para compartilhar experiências vividas nesses 25 anos no caminho de tantas pessoas. Espero que gostem. Espero que em algum momento possa ajudar alguém. Mergulhem.
terça-feira, 6 de julho de 2010
Por que dói tanto ficar longe de quem amamos?
por Erica Westly
Ficar longe da pessoa amada incomoda. Quando a saudade é muito grande sentimos como se faltasse algo em nós. Quem já passou por isso sabe que a angústia causada pela distância do objeto de amor e desejo pode levar ao aumento da ansiedade, desencadear perturbações do sono e, em casos mais graves, deflagrar a depressão. Essas reações intrigaram cientistas que estão desenvolvendo pesquisas para identificar os mecanismos neuroquímicos por trás desses efeitos psicológicos. Um estudo recente trabalhou com arganazes-do-campo, roedores corpulentos de cauda curta, que foram separados de suas parceiras por quatro dias. Durante esse período, os animais exibiram comportamento semelhante à depressão e aumento da corticosterona, o equivalente, nesses animais, ao cortisol, o hormônio do stress em humanos. Machos que foram separados de seus irmãos não mostraram quaisquer desses sintomas, sugerindo que a resposta era relacionada, especificamente, à separação dos parceiros sexuais – e não a situações de isolamento social. Quando receberam uma droga que bloqueou a liberação da corticosterona, os roedores pararam de exibir o comportamento depressivo pós-separação, confirmando que os hormônios estavam na raiz do problema.
Os efeitos do afastamento dos parceiros lembram, em alguns aspectos, a abstinência de drogas. “Mesmo em um curto prazo, a separação deflagra um estado aversivo ao meio, que faz com que os arganazes-do-campo procurem seus parceiros para não perder o vínculo”, diz o neurocientista comportamental Larry Young, do Centro de Pesquisas Nacionais em Primatas da Universidade de Emory e co-autor do estudo. Outras pesquisas mostram que animais monogâmicos, que coabitam e se reproduzem, têm níveis aumentados de oxitocina, vasopressina e dopamina – hormônios que estimulam as ligações emocionais – em áreas do cérebro associadas à recompensa.
Em um experimento com separação de casais humanos por um período de 4 a 7 dias, a psicóloga social Lisa Diamond, da Universidade de Utah, observou sintomas leves de abstinência, como irritabilidade e perturbações do sono, aumento no nível de cortisol. Os voluntários que relataram maior ansiedade apresentaram picos nos níveis de cortisol. Mesmo os que apresentaram baixos índices de stress tiveram, em algum grau, níveis mais altos de cortisol e desconforto físico no período de afastamento, em comparação a quando estavam com seus pares. Esses resultados, assim como os encontrados nos estudos de Young, indicam uma ligação específica entre separação e aumento do cortisol. Para pesquisadores, isso significa que, no futuro, podem ser desenvolvidas drogas que bloqueiem esse hormônio e ajudem as pessoas a se desligar de um parceiro.
Estudos mostram que o laço entre pares evolui com base na ligação entre pais e filhos e a separação nos remete a sentimentos antigos de rejeição, vividos nos primórdios da infância. Embora a maioria dos adultos não se recorde, quando as figuras parentais (que eram nosso universo) se afastavam e surgia a possibilidade de perdê-las, sobrevinha uma angústia extrema, só aplacada com o reencontro – o que pode explicar porque sentimos as conexões atuais de forma tão intensa. As mesmas substâncias neuroquímicas – oxitocina, vasopressina e dopamina – têm sido associadas a ambos os relacionamentos. “As relações românticas adultas e os relacionamentos entre pais e filhos são fundamentalmente diferentes, mas ambas apresentam a mesma proposta funcional: criar um direcionamento psicológico para o outro, querer cuidar de alguém e resistir a separação”, explica Lisa Diamond. Seus futuros estudos sobre ligações românticas, assim como os de Young, devem focar o desenvolvimento de tratamentos para o sofrimento associado à separação do parceiro ou a perda, bem como os transtornos que envolvem déficits sociais, como esquizofrenia e autismo. -
Tradução Lilian Buzzetto
Erica Westly é jornalista
Artigo publicado na Revista Mente e Cérebro
Agosto/2009
domingo, 4 de julho de 2010
Hospital psiquiátrico - O teste da banheira
Recebi esse texto de uma grande amiga, e quero compartilhar com todos vocês. Apesar do toque de humor, ele faz com que possamos refletir um pouco sobre nossas escolhas... Aproveitem!
Durante a visita a um hospital psiquiátrico, um dos visitantes perguntou ao diretor:
- Qual é o critério pelo qual vocês decidem quem precisa ser hospitalizado aqui?
Respondeu o diretor:
- Nós enchemos uma banheira com água e oferecemos ao doente uma colher, um copo e um balde e pedimos que a esvazie. De acordo com a forma que ele decida realizar a missão, nós decidimos se o hospitalizamos ou não.
- Entendi - disse o visitante - uma pessoa normal usaria o balde, que é maior que o copo e a colher.
- Não - respondeu o diretor - uma pessoa normal tiraria a tampa do ralo. O que o senhor prefere? Quarto particular ou enfermaria?
Dedicado a todos que escolheram o balde. A vida tem muito mais opções.
Abra a sua mente e passe a enxergar novos horizontes
UMA CRÍTICA AO PROJETO HARVARD DE NEGOCIAÇÃO
Isaac Newton, o genial físico inglês, quando perguntado sobre o porquê havia percebido o que outros não haviam, respondeu: “eu vi mais longe porque subi em ombros de gigantes”. Inegavelmente, o Projeto Harvard representou um marco extremamente relevante no desenvolvimento das teorias e práticas de negociação, que foi a utilização da Solução de Problemas como uma forma de se negociar. Através da Solução de Problemas foi possível, por exemplo, o acordo de Camp David entre o Egito e Israel, acordo que teria sido inalcançável com a utilização das formas tradicionais de negociação. Entretanto, apesar dos seus inúmeros méritos, a abordagem do Projeto Harvard continha vulnerabilidades e sofreu críticas bastante procedentes.
AS CRÍTICAS
De acordo com o Projeto Harvard existem três formas de se conduzir uma negociação, que são a do negociador durão e de confronto, que negocia com base na Barganha de Propostas Agressiva, a do negociador bonzinho, que tende a conceder continuamente, e a do negociador que age com base na Solução de Problemas.
Uma crítica consistente ao Projeto Harvard é que não foi considerada outra forma de se conduzir uma negociação, que é a da Barganha Suave, que pode ser utilizada com sucesso numa grande quantidade de casos. O que deve ser ressaltado é que o objetivo de qualquer barganha, seja ela agressiva ou suave, é o mesmo: obter o máximo de concessões e, se possível, chegar ao limite do outro negociador. O que diferencia as duas é que na Barganha de Propostas Agressiva não existe a menor preocupação com o relacionamento entre as partes. Assim sendo, tende a provocar ressentimento, raiva e o desejo de vingança, que vai se materializar quando a oportunidade aparecer.
Já na Barganha Suave, além do objetivo de se obter o máximo possível de concessões, também é considerado muito importante manter um ótimo relacionamento com a outra parte. E, ainda mais, dar ao outro negociador a sensação de que levou vantagem e venceu. É em função disto que existe o verdadeiro e o falso Ganha/Ganha.
Outra crítica consistente ao Projeto Harvard é que, embora não reste a menor dúvida de que a Solução de Problemas seja um caminho extremante importante, não são identificadas todas as dificuldades existentes no processo de tomada de decisão e, consequentemente, na solução de problemas. Assim, um estudo conduzido por Paul Nutt, professor da Universidade de Ohio, abrangendo um período de 19 anos com executivos e gerentes de 365 empresas, mostrou que mais de 50% das decisões, de uma forma ou de outra, fracassaram. Reforçando este estudo há a constatação da demissão ou da aposentadoria forçada de um número razoável de CEOs. Só em 2000, por exemplo, foram cerca de 40 em empresas da lista da Fortune 500, tais como Compaq, Gillette, Hewlett-Packard, Xerox e Motorola. O fato é que embora a Solução de Problemas seja uma forma extremante poderosa e útil de se conduzir uma negociação, também é a mais difícil e, além do mais, não é a melhor e mais adequada para todos os contextos e situações como o Projeto Harvard quer fazer crer.
A NEGOCIAÇÃO TOTAL
Em função disto, desenvolvi a abordagem que chamo de Negociação Total, que tem como princípio que o sucesso depende das decisões, escolhas e ações do negociador, e que uma decisão é tão boa quanto a melhor alternativa que se conseguiu encontrar. Assim sendo, vejamos três pontos importantes da abordagem adotada em Negociação Total:
1) Existem três formas principais de se conduzir uma negociação: Solução de Problemas, Barganha de Propostas Agressiva e Barganha Suave. Também deve ser ressaltado que os procedimentos do negociador bonzinho ou os do acomodado, que não se empenha muito para chegar ao limite do outro, são maneiras inferiores de se conduzir uma negociação, mas que mesmo assim, podem ser utilizadas como no caso de negociações de menor importância ou quando um valor médio, ou até mesmo o limite, puder ser adotado, em função de uma relação benefício/custo aceitável ou quando a situação exigir uma resposta urgente, em decorrência dos danos provocados pela demora;
2) Nenhuma das formas de negociação se aplica a todos os contextos e situações. Assim sendo, não existe “a melhor forma” de se conduzir uma negociação e o Projeto Harvard se equivoca quando quer estender a Solução de Problemas a todas as situações e contextos;
3) Qualquer uma das formas de negociação pode ser extremamente adequada se utilizada no contexto apropriado. Entretanto, pode ser danosa caso seja utilizada em contextos inadequados. A Barganha de Propostas Agressiva, por exemplo, é utilizada, e com muito êxito, pelos compradores de supermercado. Entretanto, se utilizada nas negociações internas de uma empresa que seja constituída basicamente pelo chamado “trabalhador do conhecimento”, trará como resultados um clima organizacional da pior qualidade, conflitos destrutivos e um Perde/Perde generalizado. Ou seja, jamais será possível se obter a tão desejada sinergia organizacional, que só pode ser alcançada caso as negociações internas sejam conduzidas com base na Solução de Problemas.
A CONCLUSÃO
Assim sendo, Negociação Total considera que todo negociador que queira ter uma compreensão e um desempenho superior, aos níveis estratégico, tático e operacional, deve ter uma visão global e abrangente de possibilidades e levar em conta todas as formas de se conduzir uma negociação. Mas que é o momento, contexto e situação que vão definir a melhor forma a ser utilizada. Portanto, só com competência, inteligência, sabedoria e responsabilidade por suas decisões, escolhas e ações é que um negociador pode chegar a excelência de resultados.
J. A. Wanderley,
Consultor Sênior do Instituto MVC em Negociação e Excelência de Desempenho, autor do livro Negociação Total (Gente 13ª Ed.)
AS CRÍTICAS
De acordo com o Projeto Harvard existem três formas de se conduzir uma negociação, que são a do negociador durão e de confronto, que negocia com base na Barganha de Propostas Agressiva, a do negociador bonzinho, que tende a conceder continuamente, e a do negociador que age com base na Solução de Problemas.
Uma crítica consistente ao Projeto Harvard é que não foi considerada outra forma de se conduzir uma negociação, que é a da Barganha Suave, que pode ser utilizada com sucesso numa grande quantidade de casos. O que deve ser ressaltado é que o objetivo de qualquer barganha, seja ela agressiva ou suave, é o mesmo: obter o máximo de concessões e, se possível, chegar ao limite do outro negociador. O que diferencia as duas é que na Barganha de Propostas Agressiva não existe a menor preocupação com o relacionamento entre as partes. Assim sendo, tende a provocar ressentimento, raiva e o desejo de vingança, que vai se materializar quando a oportunidade aparecer.
Já na Barganha Suave, além do objetivo de se obter o máximo possível de concessões, também é considerado muito importante manter um ótimo relacionamento com a outra parte. E, ainda mais, dar ao outro negociador a sensação de que levou vantagem e venceu. É em função disto que existe o verdadeiro e o falso Ganha/Ganha.
Outra crítica consistente ao Projeto Harvard é que, embora não reste a menor dúvida de que a Solução de Problemas seja um caminho extremante importante, não são identificadas todas as dificuldades existentes no processo de tomada de decisão e, consequentemente, na solução de problemas. Assim, um estudo conduzido por Paul Nutt, professor da Universidade de Ohio, abrangendo um período de 19 anos com executivos e gerentes de 365 empresas, mostrou que mais de 50% das decisões, de uma forma ou de outra, fracassaram. Reforçando este estudo há a constatação da demissão ou da aposentadoria forçada de um número razoável de CEOs. Só em 2000, por exemplo, foram cerca de 40 em empresas da lista da Fortune 500, tais como Compaq, Gillette, Hewlett-Packard, Xerox e Motorola. O fato é que embora a Solução de Problemas seja uma forma extremante poderosa e útil de se conduzir uma negociação, também é a mais difícil e, além do mais, não é a melhor e mais adequada para todos os contextos e situações como o Projeto Harvard quer fazer crer.
A NEGOCIAÇÃO TOTAL
Em função disto, desenvolvi a abordagem que chamo de Negociação Total, que tem como princípio que o sucesso depende das decisões, escolhas e ações do negociador, e que uma decisão é tão boa quanto a melhor alternativa que se conseguiu encontrar. Assim sendo, vejamos três pontos importantes da abordagem adotada em Negociação Total:
1) Existem três formas principais de se conduzir uma negociação: Solução de Problemas, Barganha de Propostas Agressiva e Barganha Suave. Também deve ser ressaltado que os procedimentos do negociador bonzinho ou os do acomodado, que não se empenha muito para chegar ao limite do outro, são maneiras inferiores de se conduzir uma negociação, mas que mesmo assim, podem ser utilizadas como no caso de negociações de menor importância ou quando um valor médio, ou até mesmo o limite, puder ser adotado, em função de uma relação benefício/custo aceitável ou quando a situação exigir uma resposta urgente, em decorrência dos danos provocados pela demora;
2) Nenhuma das formas de negociação se aplica a todos os contextos e situações. Assim sendo, não existe “a melhor forma” de se conduzir uma negociação e o Projeto Harvard se equivoca quando quer estender a Solução de Problemas a todas as situações e contextos;
3) Qualquer uma das formas de negociação pode ser extremamente adequada se utilizada no contexto apropriado. Entretanto, pode ser danosa caso seja utilizada em contextos inadequados. A Barganha de Propostas Agressiva, por exemplo, é utilizada, e com muito êxito, pelos compradores de supermercado. Entretanto, se utilizada nas negociações internas de uma empresa que seja constituída basicamente pelo chamado “trabalhador do conhecimento”, trará como resultados um clima organizacional da pior qualidade, conflitos destrutivos e um Perde/Perde generalizado. Ou seja, jamais será possível se obter a tão desejada sinergia organizacional, que só pode ser alcançada caso as negociações internas sejam conduzidas com base na Solução de Problemas.
A CONCLUSÃO
Assim sendo, Negociação Total considera que todo negociador que queira ter uma compreensão e um desempenho superior, aos níveis estratégico, tático e operacional, deve ter uma visão global e abrangente de possibilidades e levar em conta todas as formas de se conduzir uma negociação. Mas que é o momento, contexto e situação que vão definir a melhor forma a ser utilizada. Portanto, só com competência, inteligência, sabedoria e responsabilidade por suas decisões, escolhas e ações é que um negociador pode chegar a excelência de resultados.
J. A. Wanderley,
Consultor Sênior do Instituto MVC em Negociação e Excelência de Desempenho, autor do livro Negociação Total (Gente 13ª Ed.)
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