O mito da caverna, também chamada de Alegoria da caverna, é uma parábola escrita pelo filósofo Platão, e encontra-se na obra intitulada A República (livro VII). Alguns ainda chamam de Os prisioneiros da caverna.
Imaginemos um muro bem alto separando o mundo externo e uma caverna. Na caverna existe uma fresta por onde passa um feixe de luz exterior. No interior da caverna permanecem seres humanos, que nasceram e cresceram ali.
Ficam de costas para a entrada, acorrentados, sem poder locomover-se, forçados a olhar somente a parede do fundo da caverna, onde são projetadas sombras de outros homens que, além do muro, mantêm acesa uma fogueira.
Os prisioneiros julgam que essas sombras sejam a realidade.
Um dos prisioneiros decide abandonar essa condição e fabrica um instrumento com o qual quebra os grilhões. Aos poucos vai se movendo e avança na direção do muro e o escala, com dificuldade enfrenta os obstáculos que encontra e sai da caverna, descobrindo não apenas que as sombras eram feitas por homens como eles, e mais além todo o mundo e a natureza.
Trata-se da exemplificação de como podemos nos libertar da condição de “escuridão” que nos aprisiona através da “luz da verdade”. A combinação de energia e inteligência, assim como o equilíbrio entre a razão e a emoção são fundamentais para o sucesso. É uma sensação extremamente agradável quando se “quebra” os grilhões” que muitas vezes imputamos em nós mesmos, baseados em posturas assimiladas como certas ao longo de nossa vida. A parábola da Caverna, nos leva a refletir do quanto precisamos vencer a comodidade da nossa zona de conforto e enxergar mais além do que nos é fornecido como informação.
Nos leva a entender que ouvir e ver o mundo de acordo com sua própria ótica nos dá a liberdade para escolhas. O desenvolvimento profissional é baseado na capacidade de olhar “além do muro”, fortalecer o conhecimento e empreender cada vez mais nas descobertas de nós mesmos. A situação que vivenciamos nos dias de hoje nos mostra que a maioria das pessoas não possuem iniciativa de mudança, muito menos da aceitação quando elas ocorrem. Grande percentual das empresas, apresentam dificuldades em seus colaboradores demonstrarem iniciativas. E muitas das vezes os próprios gestores são os inibidores das ações. Atitudes como essas geram ambientes “engessados”, com o desenvolvimento de pouca ou quase nenhuma criatividade, falta de qualificação profissional, pouco interesse no trabalho executado, falta de oportunidades e principalmente o receio e medo de errar.
A conscientização dos CEOS é fundamental para a que seus gerentes desenvolvam atitudes proativas em seus colaboradores; muitas idéias transformam-se em sucesso num ambiente criativo e dinâmico.
A liberdade é uma conquista que nos faz tornar-se cada vez melhor.
Desfrutar dessa conquista e fazer com que todos possam enxergar além das sombras, é atividade deve ser a principal meta de um gestor qualificado. E na sua equipe, ainda há pessoas que continuam lá dentro da caverna?
Elaine Souza
