Conceitualmente, a Remuneração por Competência pode ser definida como
um conjunto de conhecimentos, habilidades e comportamentos requeridos
pelo processo/função para que os resultados sejam atingidos dentro
das metas estabelecidas.
A implantação deste modelo de gestão requer alguns cuidados para que
o modelo seja eficaz e venha se constituir numa ferramenta
administrativa que possa reconhecer e valorizar as pessoas com base
nas suas habilidades/competências.
Analisar criteriosamente os processos de trabalho, identificando
claramente as responsabilidades, fluxo de informações, conhecimentos
técnicos necessários (formação, idiomas, conhecimentos específicos) e
comportamentos esperados do profissional nos aspectos intelectuais,
interpessoais, administrativos, etc., correlacionados com a
importância relativa entre elas, constituem-se na base de sustentação
do sistema.
O processo requer muito profissionalismo das pessoas que estarão
estabelecendo as competências, bem como avaliando os profissionais
para medir o grau de conhecimento em cada uma, requerendo
transparência nas ações, clareza na comunicação e estabelecimento dos
objetivos a serem alcançados para o pleno sucesso do sistema.
O sistema de avaliação das pessoas pode ser feito pelos superiores,
pares, subordinados, clientes internos e externos, etc., para reduzir
subjetividades e protecionismos.
Ao contrário do que muitos pensam, o sistema de Remuneração por
Competência não gera, necessariamente, aumento na folha nominal de
pagamento (o sistema deve ser estruturado em conformidade com a
capacidade financeira e estratégica da empresa e, principalmente, ser
auto-sustentável, calcado em resultados efetivos), pois o seu foco
está em dimensionar as competências e habilidades necessárias,
estabelecer a distribuição ideal para as funções/processos, levando
em consideração aspectos estratégicos, mercadológicos ou críticos,
bem como passa a ser uma ferramenta fundamental nos processos para
contratação de profissionais, investimento em treinamento e
desenvolvimento, bem como para o planejamento de sucessão.
Outro aspecto relevante no sistema é que o crescimento salarial e/ou
na carreira dos profissionais passa a ser totalmente transparente e
permite que as pessoas possam planejar melhor o autoinvestimento na
aquisição das competências/habilidades para a evolução dentro das
organizações.
Importante ressaltar que a implantação deste sistema passa
necessariamente pela mudança cultural, exigindo muito esforço dos
administradores no sentido de revisar e adequar processos, quebrar
paradigmas e assumir novos conceitos no sentido de alinhar as funções
departamentais com as estratégias organizacionais.
Vivemos em tempos solitários e muitas vezes não conseguimos dividir nossas angústias e problemas com outra pessoa. Cada um traz consigo um mundo particular. Aquele que as redes sociais não vê. Baseado nisso, aceitei as sugestões de amigos para compartilhar experiências vividas nesses 25 anos no caminho de tantas pessoas. Espero que gostem. Espero que em algum momento possa ajudar alguém. Mergulhem.
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